Carreira do Private Banker: confira o nosso guia completo!
Você já ouviu falar na profissão do private banker?
O private banker é um profissional que atua no mercado financeiro, com um nicho bastante específico de clientes e investidores.
Trata-se de uma carreira pouco conhecida, mas que é promissora e oferece uma média salarial muito atrativa.
Preparamos um guia com tudo que você precisa saber sobre este profissional.
Venha conosco e veja como se tornar um private banker. Conheça ainda como os bancos segmentam os clientes e quais são os chamados clientes “private”. Confira!
1 – O que é um private banker?
O private banker é um profissional que trabalha em instituições financeiras.
Essa profissão se caracteriza, principalmente, pelo fato de que o profissional trabalha com clientes de renda elevada.
Corresponde a um gerente com qualificação e experiência consideráveis, o que o permite oferecer atendimento personalizado para estes clientes.
Ele atua no segmento bancário conhecido como “private banking”.
Considerando que ele atua juntamente a clientes que possuem renda elevada, é necessário que esse profissional tenha qualificação distinta.
Em virtude disso, conforme você verá, as exigências para atuar nesta profissão são um pouco mais rígidas.
Não basta ter conhecimento sobre relacionamento com o cliente ou sobre comunicação pessoal.
O volume de patrimônio que ele gerenciará é muito grande.
Por isso, acaba refletindo na formação e certificação exigidas do private banker.
Como os bancos segmentam os clientes investidores?
Talvez você ainda esteja um pouco perdido com relação ao significado da profissão do private banker.
Para entender melhor o conceito, precisa compreender a seguinte informação: as instituições financeiras segmentam e classificam os clientes.
Uma instituição financeira, como um banco, recebe um número elevadíssimo de clientes todos os dias.
Clientes estes que possuem os mais variados perfis e condições econômicas.
Pensando nisso e, pensando em oferecer um atendimento mais personalizado aos seus clientes, os bancos fazem essa segmentação.
Via de regra, a segmentação é feita da seguinte forma:
Varejo: o tipo mais comum de clientes
São aqueles clientes que possuem renda inferior a R$8 mil e cujos investimentos não ultrapassam os R$100 mil.
Majoritariamente, esses clientes são atendidos naquelas agências comuns, distribuídas pela cidade.
Alta renda
Clientes cujos investimentos são superiores a R$100 mil e cuja renda é maior do que R$8 mil.
Aqui, em vez de serem atendidos nas agências comuns, o atendimento é realizado em agências exclusivas.
Private banking: é a “elite” dos clientes
São pessoas cujo patrimônio é equivalente a, no mínimo, R$1 milhão.
É para atender este segmento específico de clientes que o profissional private banker surge.
O que é o private banking?
Conforme acabamos de destacar no tópico anterior, o private banking é um segmento específico de clientes em instituições financeiras.
A exigência básica é que o cliente tenha, no mínimo, R$1 milhão aplicados.
Contudo, a regra para definir um cliente como private varia de instituição para instituição.
Elas têm liberdade para estabelecer os critérios que irão inserir um cliente neste segmento bancário.
Ou seja, trata-se de um segmento extremamente exclusivo e cujas instituições financeiras oferecem serviços e soluções bancárias específicas.
Em virtude desse tratamento, o cliente acaba tendo acesso a investimentos exclusivos, créditos especiais, bem como consultoria.
Na maioria das vezes, são os bancos que acabam indo atrás de clientes com esse perfil. Mas, também ocorre de o cliente buscar a instituição.
Como funciona o private banking?
No private banking, temos um conjunto de serviços voltados para investimentos.
Isso significa que o ponto forte do private banking é ajudar clientes de alta renda a fazerem boas aplicações.
Dessa forma, a instituição financeira irá disponibilizar uma carteira administrada para o cliente.
Essa carteira, por sua vez, será gerenciada por um gestor.
Será este gestor que terá a responsabilidade de comprar e vender ativos, e, para concluir essa meta, receberá ajuda de especialistas que atuam na área.
Contudo, o private banking não se restringe aos investimentos do cliente.
O objetivo desses serviços é dar atenção completa à vida financeira do cliente, o que inclui temas como a aposentadoria, por exemplo.
Dentre as vantagens do private banking, podemos destacar:
- Ter acesso a investimentos que são exclusivos e com maiores rentabilidades;
- Menores taxas de administração.
Por outro lado, algumas das desvantagens do private banking incluem:
- O banco decide quais produtos serão ofertados;
- O preço dos pacotes dos serviços bancários é elevado;
- Exigência de capital elevado para ser incluído neste segmento.
Qual a certificação necessária para ser private banker?
Como você já deve estar imaginando, o private banker tem uma responsabilidade muito grande nas mãos.
Por isso, é preciso que este profissional seja altamente qualificado e preparado.
Dessa forma, há uma certificação que é exigida para que a pessoa seja habilitada e possa atuar como private banking: a CFP.
A CFP é a Certified Financial Planner, um certificado que foi criado seguindo padrões internacionais.
Em consequência, isso acaba refletindo no nível de dificuldade da prova.
Trata-se de uma prova contendo 140 questões as quais são divididas por 6 módulos.
Com a CFP em mãos, o private banker terá condições para orientar o cliente quanto a alocação de recursos referentes aos investimentos.
Mas, lembre-se que, para recomendar produtos específicos, o profissional deve ter registro na CVM – Comissão de Valores Mobiliários.
Para saber mais sobre a CFP, confira o conteúdo a seguir:
Quais as principais atribuições e responsabilidades do private banker?
Quando uma instituição financeira contrata um private banker, o objetivo principal desse profissional será cuidar da conta dos clientes de alta renda.
Clientes com esse perfil são os clientes mais importantes para o banco. A receita gerada por eles é muito significativa.
Decorre que eles, embora em menor número, movimentam uma quantia elevada de capital.
Assim, visando cuidar desse cliente e dar o máximo de satisfação a ele, incumbe ao private banker oferecer o atendimento e os serviços mais personalizados possíveis.
Podemos destacar como algumas das responsabilidades do private banker:
- Serviços de assessoria para investimentos;
- Serviços de gerenciamento de finanças pessoais;
- Planos de aposentadoria;
- Planejamento sucessório;
- Planejamento fiscal (voltado para minimizar os valores pagos em impostos);
- Planejamento patrimonial;
- Soluções e serviços de crédito que permitirão ao cliente ter maior liquidez;
- Auxílio em operações cotidianas e rotinas de banco.
Quanto é o salário do private banker?
Tanta responsabilidade e exigência de qualificação, acaba refletindo sobre a remuneração recebida pelo private banker.
Em 2023, a média salarial do private banker é de R$17.147,00.
Por sua vez, o salário de um profissional experiente na área, chamados de senior private banker, pode ultrapassar os R$45 mil.
Como se tornar um private banker?
Como já havíamos falado, um requisito básico para ser habilitado como private banker é a CFP.
Essa certificação é fornecida pela Associação Planejar e torna o profissional qualificado, inclusive, para atuar internacionalmente.
O que não havíamos dito ainda é que, até mesmo para tirar a CFP, é preciso atender alguns requisitos.
São eles:
- Ter curso superior;
- Ter experiência comprovada na realização de atendimentos de clientes (pessoa física), por, no mínimo, 5 anos;
- Aderir ao Código de Conduta Ética e Responsabilidade da Planejar;
- Após a aprovação no módulo, deverá concluir, em até 90 dias, o curso “Planejamento Financeiro – Como desenvolver um Plano Financeiro”.
Juntamente à conclusão do curso, o candidato terá que entregar o seu plano financeiro.
Para fazer o exame completo, com todos os módulos inclusos, a taxa possui valor de R$1.430,00.
Diferenças entre o assessor de investimentos e o private banker
É muito comum que as pessoas confundam a profissão do private banker com a profissão de assessor de investimentos.
Essa confusão decorre do fato de que, em ambos os casos, o profissional visa oferecer serviços e produtos personalizados para os clientes.
Contudo, as semelhanças param por aí.
O assessor de investimentos engloba um cardápio muito mais amplo de clientes. Por sua vez, o private banker apenas se volta para clientes exclusivos, de alta renda.
Ainda, o papel do assessor de investimentos é mais restrito às aplicações financeiras.
Já o private banker, conforme nós vimos, atua também como uma espécie de conselheiro, atuando de forma muito mais ampla na vida financeira do cliente.
É importante ter em mente que, enquanto o assessor atua com clientes de base, iniciantes e intermediários no mercado financeiro, o private banker lida com profissionais.
Em virtude dessa correlação, há muitas pessoas que dizem, inclusive, que se tornar um private banker é uma evolução natural para os assessores de investimento.
Você pode saber mais sobre o assessor de investimentos na leitura a seguir.
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