Entrevista com Matheus Henrique Popst, sócio e Analista de Equity na Arbor Capital
Entrevista com Matheus Henrique Popst, sócio e Analista de Equity na Arbor Capital

Confira agora a entrevista com Matheus Henrique Popst, sócio e Analista de Equity na Arbor Capital.

Quem é Matheus Popst, o que te motivou e o que continua te motivando a trabalhar no mercado financeiro?

Sou paulista de Sorocaba, tenho 24 anos, sou formado em Matemática Aplicada pela FGV-Rio e trabalho no mercado financeiro há 4 anos. Sou sócio de uma gestora de ações globais no Rio de Janeiro, a Arbor Capital. O mercado financeiro, principalmente uma cadeira de equity research, oferece um ambiente bastante intelectualmente desafiador, o que acho que se alinha com meu espírito competitivo. Além disso, me considero um tanto generalista, gosto bastante de aprender bastante sobre vários assuntos e o mercado acionário exige que se esteja constantemente aprendendo sobre os mais variados assuntos.

Como você conseguiu seu primeiro emprego e qual foi o seu primeiro passo importante para se destacar na sua área de atuação?

Comecei no summer job de um banco chinês, no final do segundo ano de faculdade. Para quem ainda está na universidade, fica a sugestão, tente estagiar, costuma haver mais oportunidades para quem ainda está aprendendo. Eu acho que durante as entrevistas eu consegui mostrar algum nível de capacidade de aprender rápido sobre as coisas e não ter muito medo de estudar (estar fazendo um curso de exatas provavelmente ajudou também).

Quais habilidades você acredita que são fundamentais para trabalhar na área de Public Equities?

Eu vejo muita gente focando em matemática financeira, contabilidade, valuation, mas isso é fácil. Quero dizer, todo mundo deveria ler alguns livros de contabilidade, mas se você vai ter que aprender como funciona o processo de manufatura de uma determinada indústria que você está analisando, matemática financeira vai ser fácil de aprender perto dos processos químicos envolvidos. O mais importante é ter capacidade de síntese e discernir o que importa do que não importa. Tipicamente, dá pra contar nos dedos de uma mão o que importa para o sucesso ou fracasso de um investimento. Saber identificá-los e se tornar obcecados a respeito dessas questões é fundamental.

Qual conselho você gostaria de ter recebido quando começou no mercado financeiro?

Crie um diário de investimentos ou mais amplamente, de previsões. Eu comecei o meu em Novembro de 2022 e gostaria de ter começado antes. Se você pensa “acho que instrumento X vai se comportar desse jeito por X,Y,Z”, anote. Vai te ajudar a ter um accountability próprio, inclusive sabendo erros de omissão ou comissão. Existem ferramentas online que fazem isso, mas você pode começar com um Word.

Descreve para gente como é um dia típico de Analista na Arbor Capital?

A gente brinca que o escritório parece uma biblioteca. Eu leio muito, pelo menos um ou dois relatórios anuais de empresas por dia. Além disso, eu leio muita coisa de outros investidores, sejam blogs ou fóruns ou pesquisa de sell-side. Em temporada de resultados também escuto calls de resultado de empresas que sigo de perto ou leio resumos de empresas que sigo mais a distância. Além disso, eu mantenho valuations atualizadas de uma série de empresas e atualizo sempre que novas informações surgem.
 

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